quarta-feira, 31 de agosto de 2011


O meu percuso desde que o deixei tem sido uma roda viva de indecisões, contra-voltas, tristezas e alegrias, batalhas ganhas, outras perdidas... no final tudo se resume à procura por quem eu sou o que para mim, que sempre quiz dedicar a vida a algo, se assume como a eterna pergunta que me persegue desde tenra idade: "o que é que queres ser quando fores grande"? tenho 19, perdão 19 anos e meio...
o tempo das mudanças de maré aceitáveis já passou. acho que tudo se resume a uma conclusão: não há o trabalho perfeito a profissão que nos completa de tal forma que não só faz parte da nossa vida como é a nossa vida.
A minha idade já não é a mesma, mas as recordações permanecem acesas na minha mente como que atiçadas por um ferro em brasa. O jardim com vista para o Douro, diz-lhe alguma coisa? Se falar em 15 de Maio, ajuda? Espero que sim, que se recorde da minha pessoa e tudo o que já se passou e o que já vivemos. Talvez se pergunte o porquê desta carta: por que relembrar uma coisa antiga, por que reviver o passado? E eu respondo-lhe que todos os dias da minha vida, durante este ano todo, sem excepção, todas as manhãs acordava e o nome “ ” ressoava nas paredes deste quarto vazio. E cada vez mais vazio, mais branco, mais pálido como se padecesse de um mal qualquer desconhecido, desde a minha partida.

2 comentários:

  1. *___________________________________________*

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  2. Que bonito e profundo. Eu consegui sentir o que suas palavras diziam.

    Beijoos flor!

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