quarta-feira, 14 de outubro de 2009


a chuva que raramente cai em betim, nos mostra os prazes de algo limpo, eu me sinto livre todas as vezes que sinto uma gota cai em meu rosto, sinto algo que vem de dentro de mim, eu podereia simplismente ter raiva da chuva pois no sul lá chove muito, podereia esqueçer o quanto o chero da terra me dexa feliz, só que eu apenas agradeço ; agradeço porque sei que ela limpa sei que ela purifica
chuva banha o ainda silencioso asfalto desta metrópole sobressalteada de esperança por um dia sem fumaças, motores e violências.
Timidamente roncam ao longe as engrenagens competindo com os primeiros gorjeios da natureza.
As plantas me caçoam com os pingos antes tímidos que se avolumam em gargarejos da tormenta que por aqui desaba. A luz não cessa. Ela persiste, reprisa e se aproxima com os trovões e a chuva que aperta.
Sem pôr de lado o matreiro ludibrio de poeta eu viro pássaro entre as nuvens carregadas. Tiraram a tampa do céu... Penso nas ribanças, nos “barranqueiros” e em suas casas soterrando-se, alagados terreiros e no trânsito parado e outros enguiçados nas águas correntes dos bueiros; nos pontos os que marcam um ponto para defender irreais 415 de mínimo, máximo para sobreviver até a outra segunda-feira.
Lá vai um cobertor. Entre PETs um mendigo na enxurrada encharcado atrás de sua relíquia conseguida entre os sobejos do domingo.
Chove “cats & dogs” por aqui no alto de betim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário