
Essa noite, eu tive um “meio-sonho” estranho. Sonhei que eu estava fora de casa – e realmente estava, dormindo com amigas – mas que, assim que eu voltasse, você estaria lá. Eu pude sentir a saudade de um abraço que ainda não dei. Depois, ainda meio dormindo, me sentei na cama e me pus a te procurar. Olhando pela escuridão, por um momento, quase te encontrei, dormindo ali, tão perto. Me acalmei com a sua imagem, que consegui reproduzir tão fielmente na minha mente, por tanto haver te olhado, e assim, consegui dormir novamente, com aquela mesma certeza de que, ao chegar, te encontraria.
Meus sonhos sempre me dizem muito, e este me disse uma coisa só: o meu lugar não é aqui. Eu queria poder ir embora, chegar em casa, minha verdadeira casa, nos seus braços.
Deve ter sido por tanto conversar sobre você até quase amanhecer. Deve ser essa saudade mansinha que me ataca de vez em quando. Deve ser meu eterno “vislumbrar o futuro”. Deve ser desejo. Deve ser a música que eu ouvi antes de dormir. Deve ser porque dormir perdeu o sentido se não for ao teu lado, deve ser de tanto te procurar, de ver pedaços teus em qualquer lugar, qualquer lembrança, objeto. Deve ser querer encontrar o teu olhar e dizer, no silêncio das palavras inúteis, o que me transborda mas não chega até você, por não haver tradução. Deve ser amor.
Deve ser porque eu disse que, a cada segundo, o amo mais. O infinito se multiplica a cada sorriso que sorrimos juntos.
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