sábado, 29 de janeiro de 2011


Eu amadureci quando descobri que a mesma chuva que destrói meus sonhos é a que faz nascer relva na terra seca...que desejar o bem é muito mais proveitoso pra quem deseja...que se a vida é enlouquecer de amor, quero ser lúcida pra reconhecer o que sinto, pra viver o que sinto sem sufocar ninguém...apenas me permitir perceber o momento em que não sou mais querida...e ir embora seguir minha vida."

O destino tem me provocado a não parar...
Continuar meus combates, seguir em devaneios com meus sonhos,
atravessar minha jornada, construir caminhos, insistir, perdurar,
lutar em competência, desafiar o inusitado, estremecer de medo,
travar peleja, fazer-se de rijo e temer somente em segredo.
E assim o fiz, e assim tenho existido,
planto ousadia...
Decolo em vôo nas noites de tempestades,
e aterro em manhãs de solidão.
Sou mais partida do que chegada,
parto em duelo às vezes com o mundo, às vezes comigo mesmo,
fomento... guerras existenciais em nome da minha verdade,
disputo um vão, um lugar vazio dentro da própria alma,
travo lutas íntimas em nome da minha liberdade.
Hoje não posso cessar o meu percorrer,
nem afugentar-me do talvez,
aventuro-me em saltar sobre os abismos da dúvida,
com toda a minha destimidez.
Parto... pelo prazer de recomeçar,
pelo deleite do novo, a delícia do verdejante.
Vou... umedecer de aragem fresca, abraçar em desejos novos olhares,
amar em novas eras.
Mudo... pelo gosto da distancia, pela singular volúpia da descoberta,
e tudo tem sido muito intenso, raro, descomunal,
torno-me maior nas partidas,
nos adeuses,
nas despedidas.
Dói o peito, dói à alma, fica um vazio visceral.
Mas, quando renuncio ao ficar... pelo ir embora,
levo sempre... amor,
na mesma intensidade que deixo.
Talvez um dia eu volte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário