
Inusitada mente o destino bateu em minha porta,
abordou-me, querendo uma entrevista.
Em desespero pensei fugir, escapar... desaparecer.
Trazer outra vez o pretérito, suscitar o tempo vivido,
remanejar do esquecimento... o esforço do combate,
o vigor das batalhas, o suor da solidão, as noites frias,
as duvidas que se apossaram em assalto... da minha alma,
das vezes que perambulei pelas calçadas a procura de horizonte,
das vezes que vaguei desmedidamente, mais que além da descoberta,
em caça, e em desespero... aos acertos, tentando construir pontes,
aventurando-se no novo, no inusitado, no incomum... no risco.
São segredos que nem mesmo eu sei contar, dar testemunho.
Não... não permitiria este intento, esta ousadia, e como não bastasse.
Indagar-me: Qual a diferença em perder e desistir?
O destino ficará sem a minha resposta...
Fui uma colecionadora de derrotas, perdi demasiadamente,
mas, finquei, enraizei dentro do peito... sonhos.
E fiz deles... o meu caminhar, o meu existir.
E em tempo nenhum, e em nenhuma vez sequer... desisti.
Não consegui responder tal questão... não há diferença,
há um abismo que os separam.
Todas as vezes que perdi... tive coragem para superar.
Todas as vezes que a desistência rondou-me... tive medo.
E minha vida aconteceu assim... fui crescendo,
nunca temi perder, temia desistir.
Temia perder o sonho,
perder o amor.
E você...
Qual... a fase da tua vida?
Quais são seus medos?
Perder?
Sonhar?
Desistir?
Amar.?
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