
Ouvia músicas que tilintavam na minha cabeça misturadas a lembranças ininterruptas. Tentei formar letras com a fumaça do cigarro que vinha da mesa ao lado , como a lagarta de Alice, mas apenas via formas indefinidas que saiam pela janela de onde vinha o vento frio do inverno. E eu estava vestida apenas com um moletom velho e uma calça de algodão. Todavia, me sentia segura com o frio, como se absolutamente nada me pudesse atingir naquele momento.
Minha taça de vinho trazia uma marca de batom. Nem parecia que há poucos minutos eu teria ido a uma festa não fosse a imensa vontade de me jogar do oitavo andar do lugar aonde estaria.
Levantei-me do sofá e fui à até uma sacada
O celular não parava de tocar, o que me irritava. peguei o celular Caminhei a passos nus até a varanda e fiquei olhando pra rua havia poucas pessoas,o movimento era pouco pois não passava das tres da manha, o celular parou de tocar, já haviam desistido de mim. Debrusada sobre a varanda refleti sobre minha vida e meu passado, Aquele vinho estava mais doce do que o de costume, ainda posso sentir aquela suavidade do vinho descendo pela minha boca. Deus abençoe as pedras que muitas vezes me serviram como amparo nas quedas noturnas, depois de vários copos de vinho. Nas ruas escuras e com o olhar enevoado pela bebida, as pedras eram as companheiras de caminhada.
Como sinto saudade das ladeiras e das pedras! Quantas pedras hoje no caminho que não servem de amparo! Que saudade daquela lua cheia e aquele céu estrelado, Tempo bom! Sinto falta até do pulo dos gatos a me assustar no meio da noite por detrás dos casaroes quando eu resolvia ir para casa. Eu nunca perdi minha lucidez ou o juízo, apesar das noites animadas.Sempre soube o que quis e como quis ser e fazer.A música alta, as luzes piscantes, a pista cheia, o calor infernal. Não sei por que insisto em frequentar baladas.
que texto confuso... não quero continuar ele!
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